Para os mercados, há um claro vencedor nas guerras do Oriente Médio
Após os ataques do Hamas, Israel surpreendeu com uma recuperação surpreendente em seu mercado de ações, que já subiu 80% em dólar nas quatro semanas seguintes. Especialistas projetam um crescimento robusto de quase 4% para a economia israelense nos próximos anos, solidificando sua posição como a força econômica do Oriente Médio.
Desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel se destaca como o mercado de ações com melhor desempenho no mundo.
Após um impacto inicial, o mercado se recuperou em quatro semanas, subindo cerca de 80% nas contas em dólar. Essa ascensão persistiu durante a guerra de 12 dias com o Irã, desafiando as expectativas de um conflito mais amplo.
Os índices preço-lucro prospectivos aumentaram 40% nos últimos 21 meses, superando os 20% no restante do mundo e um leve declínio nos mercados vizinhos do Golfo.
Embora tenha enfrentado críticas internacionais, um aumento nas compras estrangeiras impulsionou a alta no mercado de ações de Israel.
Fundado após a Segunda Guerra Mundial, Israel é um dos poucos países a transitar de "em desenvolvimento" para "desenvolvido" e possui uma economia de US$ 550 bilhões.
Após uma crise financeira nos anos 80, o país implementou reformas econômicas, reduzindo gastos estatais e dívidas, enquanto investia em tecnologia e inovação.
Israel gasta mais de 6% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, mais do que qualquer nação, com grande parte do investimento vindo de multinacionais. Isso resultou em inovações como o Domo de Ferro.
O país tornou-se líder em segurança cibernética e abriga 73 startups na área de inteligência artificial generativa. Metade de suas exportações são produtos tecnológicos.
A produtividade em Israel cresceu quatro vezes mais rápido que em outras economias desenvolvidas nos últimos 25 anos. O PIB per capita quase triplicou desde 2000, chegando a mais de US$ 55 mil.
Enquanto a situação geopolítica no Oriente Médio permanece tensa, as previsões de crescimento econômico de quase 4% indicam que Israel está solidificando seu status como a força econômica dominante da região.