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Para prender no 8 de Janeiro, Moraes usou posts antigos de redes sociais

Relatório revela práticas controversas do gabinete de Moraes ao decidir sobre prisão de manifestantes. Uso de redes sociais e sistema de biometria do TSE levanta preocupações sobre a legalidade e imparcialidade dos processos.

Gabinete de Alexandre de Moraes investiga presos do 8 de Janeiro

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é acusado de usar redes sociais de presos para decidir sobre suas prisões. Reportagem de David Agape e Eli Vieira relata essa prática no site Public, de Michael Shellenberger, autor do Twitter Files Brazil.

No dia 4 de agosto de 2025, os jornalistas buscavam manifestações do STF, TSE, PGR e Exército, mas nenhum respondeu.

O gabinete de Moraes utilizou posts de redes sociais para categorizar os presos com "certidão positiva" (perfil suspeito) ou "certidão negativa". Dos analisados, 42 receberam certidão positiva, enquanto 277 tiveram negativa, nenhuma das positivas foi liberada.

Agape e Vieira confirmaram a autenticidade de 69 certidões, mas não divulgarão o conteúdo por questões de privacidade.

A reportagem também destaca o uso do sistema biométrico do TSE para identificar manifestantes das manifestações de 8 de Janeiro, com autorização de Moraes. O TSE não se manifestou sobre o assunto.

A reportagem inclui supostas conversas do WhatsApp do grupo “Audiências de Custódia”, onde Cristina Kusahara Gomes, chefe do gabinete de Moraes, exige agilidade na análise das redes sociais dos presos.

O Poder360 buscou uma resposta do STF, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

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