Para reduzir filas, governo Lula trocará até R$ 2 bi em dívidas de hospitais privados por cirurgias
Ministros anunciam troca de dívidas por atendimentos no SUS e prometem fortalecer a saúde pública. A medida visa mitigar a crise financeira de hospitais privados enquanto atende a demanda por serviços essenciais.
Ministros da Saúde e da Fazenda anunciam troca de dívidas de hospitais privados por atendimentos ao SUS. A portaria será publicada nesta semana, com um limite de R$ 2 bilhões em crédito tributário por ano.
O planejamento é que, a partir de agosto, hospitais privados e filantrópicos atendam pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o ministro Alexandre Padilha, a medida é uma das mais inovadoras do programa Agora Tem Especialistas, e cria um novo instrumento no sistema de saúde.
Fernando Haddad destacou a relevância da ideia, que busca solucionar o endividamento de 3.537 instituições que têm dívidas totais de R$ 34,1 bilhões.
A medida estabelece que as entidades devem oferecer, no mínimo, R$ 100 mil mensais em serviços, sendo R$ 50 mil nas regiões com maior demanda e menos hospitais.
- Até 30% das dívidas acima de R$ 10 milhões podem ser trocadas por atendimentos.
- Até 40% para dívidas entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.
- Até 50% para dívidas abaixo de R$ 5 milhões.
Após os atendimentos e auditoria, gerar-se-á um crédito financeiro que poderá ser utilizado a partir de 1º de janeiro de 2026.
Além disso, será criado um painel nacional para monitorar os tempos de espera para cirurgias, exames e consultas especializadas.