Para UE, negociação com os EUA esbarra em exigências comerciais 'desequilibradas
Negociações comerciais entre EUA e UE enfrentam desafios com exigências unilaterais americanas. O bloco europeu avalia contramedidas caso os termos não sejam favoráveis e busca um acordo equilibrado antes do aumento das tarifas em julho.
Negociações comerciais entre EUA e UE estão em um momento crítico. Os EUA exigem concessões unilaterais da União Europeia, consideradas desequilibradas por autoridades do bloco.
A situação gera um dilema para a UE sobre possíveis contramedidas, caso um eventual acordo não seja satisfatório. Um acordo de princípios é o cenário ideal para continuar as negociações até julho.
Entre as exigências dos EUA, estão:
- Medidas de cotas para exportação de peixes;
- Ações tarifárias não recíprocas;
- Exigências exageradas sobre segurança econômica.
Muitas tarifas impostas por Donald Trump permaneceriam, mesmo com um acordo. A UE busca um entendimento mutuamente benéfico e avalia o nível de assimetria aceitável.
O bloco está pressiado para firmar um acordo antes que tarifas sobre suas exportações cheguem a 50% em julho. Trump criticou a UE por seu superávit comercial e barreiras ao comércio americano.
A Casa Branca não comentou a situação, enquanto Trump ameaçou impor tarifas unilaterais. Von der Leyen mencionou que a UE possui diferentes instrumentos para retaliar, caso as tarifas sejam mantidas.
Discussões abrangem setores estratégicos, como aço, alumínio e automóveis. A UE já aprovou tarifas sobre produtos dos EUA e planeja implementar uma lista adicional de tarifação de € 95 bilhões.
Embora o bloco busque reduzir tarifas, ele mantém sua autonomia regulatória como prioridade. A pressão por alívio nas tarifas é considerável, mas a UE não atenderá a todas as solicitações dos membros.