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Para varejistas de roupas e artigos esportivos, acordo comercial entre EUA e Vietnã deixa dúvidas

Tarifas elevadas levantam preocupações sobre a viabilidade do Vietnã como alternativa para a produção de marcas como Nike e Adidas. Especialistas indicam que as novas taxas podem influenciar decisões de importação e a dinâmica do mercado global de vestuário.

Acordo Comercial EUA-Vietnã gera incertezas para varejistas de roupas e calçados, como Nike e Adidas.

Os EUA vão impor uma tarifa de 20% sobre importações do Vietnã e 40% sobre "transbordo" de produtos de terceiros. Essa medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump.

Fábricas vietnamitas dependem de insumos chineses, mas não está claro se estes estarão sujeitos às tarifas. O transbordo refere-se a produtos enviados da China, reetiquetados no Vietnã e exportados como vietnamitas.

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que uma grande parte do comércio do Vietnã é transbordo da China. Sheng Lu, especialista em moda, destaca muitas incertezas quanto ao acordo.

O Vietnã é crucial para marcas que evitam a China, sendo responsável por 50% dos calçados da Nike e 27% da Adidas.

A Nike analisa o acordo, enquanto a Adidas não comentou. “Com as tarifas, importadores questionarão se o Vietnã é uma boa alternativa”, afirma Lila Landis, consultora.

A tarifa de 40% pode ser adicionada à tarifa da China, tornando-a punitiva. No ano passado, os EUA importaram 274 milhões de pares de calçados do Vietnã, segundo a Footwear Distributors and Retailers of America (FDRA).

Joe Jurken, da The ABC Group, expressa decepção com a tarifa e indica que pode levar marcas a manter fornecedores chineses devido à capacidade limitada no Vietnã.

Analisando a situação, especialistas da Raymond James acreditam que a tarifa de 20% é melhor do que o inicialmente temido. O acordo pode incentivar varejistas a fazer pedidos no Vietnã, mas uma cadeia de suprimentos totalmente fora da China é considerada impossível.

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