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Parada LGBT vira protesto contra governo conservador na Hungria

Casal lésbico reflete sobre a crescente pressão e medo de expressar afeto em público na Hungria. Contexto social e político adverso intensifica desafios para a comunidade LGBTQ+ no país.

Casal lésbico na Hungria enfrenta repressão e fobia

Lau e Vivi, um jovem casal lésbico de Budapeste, enfrentam dificuldades após o governo de Viktor Orbán intensificar a campanha anti-LGBTQIA+. Lau preocupa-se em exibir afeto, como segurar as mãos de Vivi, devido ao aumento da hostilidade.

Nos últimos anos, Orbán, defensor dos "valores cristãos", aprovou leis que afetam a comunidade LGBTQ+, como:

  • Proibição de mudança de gênero em documentos pessoais;
  • Impedimentos à adoção por casais do mesmo sexo;
  • Restrições ao uso de materiais LGBTQ+ em escolas.

Em março, o Parlamento aprovou uma lei que permite à polícia proibir marchas do orgulho, considerando que "proteger as crianças" é prioritário. Apesar disso, o prefeito de Budapeste pretende realizar a 30ª Marcha do Orgulho em 28 de junho como um protesto.

Mais de 30 embaixadas estrangeiras, como as da França e Alemanha, apoiaram o evento. Os organizadores afirmam que a marcha não pedirá permissão, já que é um protesto contra a repressão.

Lou e Vivien, que se apaixonaram há dois anos, consideram se mudar do país. Ambas participaram de marchas do orgulho anteriormente, mas nesse contexto se sentem inseguras. A população húngara, segundo pesquisa do instituto Median, é em sua maioria receptiva à comunidade LGBTQ+, com 53% aceitando o amor homossexual.

A cultura ballroom em Budapeste também se destaca como um espaço seguro para a comunidade, promovendo bailes e eventos inclusivos. No entanto, a erosão dos direitos LGBTQ+ criou um ambiente intimidador, afetando diretamente pessoas como Armin Egres Konig, um jovem trans e não-binário que enfrenta desafios diários.

Enquanto a repressão aumenta, a luta pela liberdade e pelos direitos continua viva entre aqueles que buscam um espaço seguro e inclusivo na sociedade húngara.

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