Parcela recorde de gestores de fundos veem ações dos EUA caras, diz BofA
A pesquisa aponta que a percepção sobre a valorização das ações americanas atinge recordes, com 91% dos gestores acreditando que estão supervalorizadas. Apesar disso, o sentimento geral dos investidores se mostra otimista, impulsionado por resultados corporativos e expectativa de cortes nas taxas de juros.
Recorde de gestores acredita que ações dos EUA estão supervalorizadas
Cerca de 91% dos gestores de fundos considera as ações americanas supervalorizadas, segundo pesquisa mensal do Bank of America, a maior proporção desde 2001.
Apesar da alocação em ações globais ter aumentado, 16% dos investidores ainda estão subponderados em relação aos EUA.
O sentimento geral dos investidores melhorou para o nível mais alto em seis meses, antes da turbulência causada pelas tarifas do presidente Trump.
O estrategista do BofA, Michael Hartnett, afirmou que a probabilidade de um pouso forçado diminuiu desde janeiro.
As ações dos EUA subiram por conta de resultados corporativos melhores do que o esperado e pela expectativa de cortes nas taxas pelo Federal Reserve.
Embora a confiança aumente, Hartnett alertou que essa alta pode se tornar uma bolha devido a mudanças na política monetária e regulamentação.
Na pesquisa de agosto, os níveis de caixa como porcentagem dos ativos se mantiveram em 3,9%, sinalizando uma possível venda de ações.
Os fundos de hedge venderam US$ 1 bilhão em ações dos EUA, enquanto investidores de longo prazo compraram US$ 4 bilhões.
Cerca de 54% dos participantes esperam que o próximo presidente adote políticas de flexibilização quantitativa para aliviar a dívida dos EUA.
Pesquisa realizada de 31 de julho a 7 de agosto com 169 gestores, totalizando US$ 413 bilhões em ativos.