'Parece que fui sequestrado', diz ativista pró-Palestina detido nos EUA em 1ª entrevista após libertação
Mahmoud Khalil, ativista palestino e ex-aluno da Universidade Columbia, é libertado após 105 dias detido, enfrentando acusações de associação com terroristas e antissemitismo. Ele planeja continuar sua luta pelos direitos dos palestinos e dos imigrantes, desafiando a repressão do governo Trump.
Mahmoud Khalil, ativista e estudante de 30 anos, foi libertado após 105 dias detido por agentes de imigração nos EUA. Ele foi o primeiro manifestante pró-Palestina a ser preso sob o governo de Donald Trump.
No seu retorno a Nova York, Khalil afirmou que as estratégias de Trump para silenciar vozes em favor da Palestina fracassaram, já que seu caso despertou o interesse de muitos pela causa.
A porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, afirmou que seu caso não é sobre liberdade de expressão, mas sim sobre uma suposta aliança com o Hamas, acusação que nunca foi confirmada judicialmente.
Os agentes de imigração alegaram que Khalil minou a política externa dos EUA, usando uma lei antiga para justificar sua deportação, embora ele não tenha sido acusado de crime algum. Khalil nega ser antissemita e defende seu direito de protestar.
Nascido em um campo de refugiados na Síria, Khalil sempre acreditou na liberdade de expressão e se formou em ciência da computação. Chegou aos EUA em busca de um ambiente acadêmico seguro, e se matriculou na Universidade Columbia em 2023.
Em 8 de março, após ser preso de forma abrupta, Khalil foi mantido em uma instalação em Louisiana, longe de sua esposa, Noor, que estava grávida. Seu desejo de estar presente na vida de seu filho foi negado, uma vez que não pôde assistir ao parto.
Recentemente, um juiz considerou que a lei utilizada para sua detenção era provavelmente inconstitucional, levando à sua libertação sob fiança.
Khalil reiterou que buscará justiça e continuará sua militância pelos direitos dos palestinos e imigrantes, afirmando que sua experiência reforçou sua convicção de lutar pelo que é certo.