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Parlamentares bolsonaristas ocupam plenários da Câmara e do Senado; base cobra ordem e retorno de Motta a Brasília

Bolsonaristas bloqueiam sessões da Câmara e Senado em protesto pela prisão de Jair Bolsonaro. O ato provoca reações da base governista e impede a votação de importantes projetos de interesse público.

Parlamentares bolsonaristas ocuparam mesas diretoras da Câmara e do Senado em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.

O ato, que impediu a abertura das sessões legislativas, foi desencadeado após a oposição declarar obstrução até que o projeto de anistia e o impeachment de Moraes sejam pautados.

A base do governo, representada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), retorne a Brasília para restabelecer a ordem. Motta está fora da cidade.

Os manifestantes usaram vendas nos olhos e na boca para protestar, impedindo o funcionamento das casas legislativas. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou da manifestação ao vivo pela GloboNews.

Deputados da base governista classificaram a ocupação como inaceitável e uma “continuação de um golpe”. O deputado Pedro Campos (PSB-PE) afirmou que a pauta da anistia não foi acordada.

O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) ressaltou que a obstrução deve ocorrer durante sessões em andamento.

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) chamou o ato de covarde, enfatizando que a Câmara não pertence à família Bolsonaro, mas ao povo brasileiro.

O movimento compromete o andamento de projetos importantes, como:

  • Aumento da isenção do salário mínimo para salários de até dois salários mínimos;
  • Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública;
  • Projeto de Lei para ampliar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • Lei de Diretrizes Orçamentárias;
  • Medida Provisória da Tarifa Social;
  • Medida Provisória alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Lindbergh concluiu que é obrigação de Motta restabelecer a autoridade e garantir a continuidade dos trabalhos legislativos.

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