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Parlamento britânico vota a favor da morte assistida e abre caminho para mudança histórica na lei

Legislação histórica avança no Reino Unido, permitindo que adultos terminais escolham encerrar suas vidas com assistência médica. O projeto agora será analisado pela Câmara dos Lordes, enquanto defensores e opositores debatem os impactos sociais da medida.

O Parlamento do Reino Unido aprovou na sexta-feira (20) um projeto de lei para legalizar a morte assistida, com 314 votos a 291.

A legislação garante a adultos mentalmente competentes e em estado terminal, com seis meses ou menos de vida, o direito de escolher encerrar suas vidas com ajuda médica.

O projeto segue agora para a Câmara Alta, onde passará por análise. Apesar de possíveis emendas, espera-se que os Lords relutem em bloquear a legislação já aprovada.

Além disso, parlamentares britânicos avançaram em uma flexibilização das regras para o aborto legal, buscando impedir investigações de mulheres baseadas em uma lei do século 19.

A votação coloca o Reino Unido em linha com países como Austrália e Canadá, além de alguns estados dos EUA, sobre a permissão da morte assistida.

O governo do primeiro-ministro Keir Starmer foi neutro, permitindo que os políticos votassem conforme sua consciência. Starmer votou a favor.

Defensores do projeto afirmam que ele proporcionará dignidade às pessoas que sofrem, mas críticos temem por possíveis coações a pessoas vulneráveis.

Cente de pessoas se reuniram em frente ao parlamento para ouvir o resultado, com apoiadores comemorando, enquanto opositores permaneciam em silêncio.

Emma Bray, que sofre de doença do neurônio motor, expressou esperança de que a mudança ajude pessoas em sua condição. Ela planeja morrer de fome no próximo mês após receber a notícia de que tem apenas seis meses de vida.

Pesquisas mostram que a maioria dos britânicos apoia a morte assistida, e a parlamentar Kim Leadbeater, autora da proposta, afirmou que a legislação oferece proteções robustas contra coerção.

O grupo Care Not Killing classificou o projeto como "profundamente falho e perigoso".

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