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Parlamento do Irã suspende cooperação com agência de energia atômica da ONU

Irã suspende cooperação com a AIEA em meio a tensões nucleares e bombardeios de Israel. Parlamentares iranianos justificam a decisão como uma medida de proteção às instalações nucleares do país.

Parlamento do Irã suspende cooperação com a AIEA

Na quarta-feira (25), o parlamento do Irã aprovou uma resolução para suspender a colaboração com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

A agência fiscaliza os programas nucleares dos países que assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear (NPT), do qual o Irã ainda é membro.

Tensões entre Teerã e a AIEA aumentaram antes do início da guerra com Israel. Tel Aviv justificou o conflito alegando que o Irã buscava desenvolver uma bomba atômica.

Horas antes dos bombardeios, a AIEA afirmou que o Irã não estava cumprindo suas obrigações de não proliferação. Em resposta, Teerã acusou a agência de legitimar uma agressão ilegal.

O presidente do Parlamento, Mohammad Qalibaf, afirmou que o Irã pretende acelerar seu programa nuclear civil. A proposta, no entanto, precisa ser aprovada pelo Conselho Guardião, que possui poder de veto sobre o Parlamento.

Teerã nega publicamente o desenvolvimento de armas nucleares, algo que agências de inteligência dos EUA também afirmam não existir. Porém, a AIEA confirma que o Irã enriquece urânio em níveis altos, o que sugere intentos militares.

Segundo Qalibaf, a AIEA comprometeu sua credibilidade por não condenar os ataques israelenses às instalações nucleares iranianas. Por isso, a cooperação com a AIEA será suspensa até que a segurança das instalações seja garantida.

A AIEA não comentou a resolução aprovada. O diretor da agência, Rafael Grossi, busca retomar a fiscalização do programa nuclear iraniano após os bombardeios de Israel e EUA.

Grossi informou que é possível que os estoques de urânio enriquecido do Irã não tenham sido afetados pelos ataques. O material provavelmente foi removido antes dos bombardeios.

Ele também foi notificado de que o Irã tomará medidas para proteger seu material físsil, mas detalhes não foram fornecidos. Para confirmação, a AIEA precisa retornar ao Irã.

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