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Parlamento iraniano aprova projeto de lei que suspende cooperação com a AIEA

Após a aprovação do projeto de lei, o Irã limita a fiscalização da AIEA nas suas instalações nucleares. A medida reflete tensões crescentes após conflitos com Israel e a busca pela aceleração do programa nuclear civil iraniano.

Parlamento do Irã aprovou projeto de lei para suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nesta quarta-feira (25).

A decisão vem após a guerra com Israel, onde o país afirmou querer impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.

O projeto ainda precisa da aprovação do Conselho Guardião para se tornar lei e estipula que inspeções futuras pela AIEA devem ser autorizadas pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional.

O presidente do parlamento, Mohammad Baqer Qalibaf, declarou que o Irã acelerará seu programa nuclear civil. Teerã nega buscar armas nucleares e critica a recente resolução da AIEA, que afirmava a violação das obrigações de não proliferação.

Qalibaf mencionou que a AIEA "colocou sua credibilidade à venda" ao não condenar os ataques israelenses às instalações nucleares do Irã. Ele anunciou que a Organização de Energia Atômica do Irã suspenderá a cooperação até que a segurança das instalações nucleares seja garantida.

A comissão de segurança nacional do Parlamento já aprovou as linhas gerais do projeto, que inclui a suspensão da instalação de câmeras e relatórios à AIEA.

O chefe da AIEA, Rafael Grossi, busca o retorno dos inspetores às instalações iranianas afetadas por ataques desde 13 de junho. O Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, indicou mudanças na percepção do programa nuclear e da não proliferação, mas sem definir a direção exata.

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