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Partido Comunista Chinês manda recado a fabricante dos bonecos Labubu — e ações caem

Incertezas regulatórias sobre brinquedos "blind-box" levam a quedas acentuadas nas ações da Pop Mart e de concorrentes. O editorial do People’s Daily gera receios sobre o futuro do setor e o consumo de menores.

Ações da Pop Mart despencam em Hong Kong após editorial da People’s Daily exigir regulamentação mais rígida para brinquedos blind-box. O alerta gerou preocupações sobre o futuro dos bonecos Labubu.

Embora o editorial não tenha mencionado a Pop Mart diretamente, investidores ficaram receosos. As ações da empresa, que subiram 170% neste ano, caíram 6,6% na sexta-feira, após recuo de 5,3% na véspera. A Bloks Group Ltd. também apresentou queda de até 9,3%.

O People’s Daily argumenta que a China deve melhorar a regulamentação de “cartas cegas” e “caixas misteriosas”, alertando sobre vícios de consumo entre crianças. Segundo Steven Leung, da UOB Kay Hian, "a nota afetou o sentimento dos investidores, mas foi um alerta moderado".

Desde 2023, a venda de blind-boxes para menores de oito anos é proibida na China, e o risco regulatório é uma preocupação constante. Apesar das perdas, a Pop Mart ainda lidera os ganhos do índice MSCI China, impulsionada pela popularidade de seus brinquedos, que têm fãs como Rihanna e Lisa do BlackPink.

Analistas do Jefferies apontam que o governo apoia marcas chinesas fortes, mas quer proteger menores. A pressão regulatória pode impactar o setor de brinquedos colecionáveis. A fabricante de cartas Kayou, por exemplo, adiou sua IPO após críticas do mesmo veículo estatal, retornando apenas em abril.

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