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Partido curdo anuncia dissolução e fim de luta armada contra Turquia

PKK dissolve estrutura após 44 anos de luta armada e busca solução democrática para a questão curda. Anúncio gera reações de esperança e ceticismo entre a população curda e autoridades turcas.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou sua dissolução nesta segunda-feira (12), encerrando mais de quatro décadas de luta armada contra o Estado turco. A insurgência, que começou em 1984, resultou em mais de 40 mil mortos.

O PKK, classificado como terrorista pela Turquia e aliados ocidentais, foi fundado em 1978 por Abdullah Öcalan. Durante o 12º Congresso do PKK, foi decidido dissolver a estrutura organizacional e encerrar o método de luta armada.

O anúncio segue um apelo de Öcalan, feito em 27 de fevereiro, para que o grupo cessasse hostilidades. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a decisão é “importante para manter a paz na Turquia”. Ele acrescentou que o país avança rumo a uma Turquia livre de terror.

Fahrettin Altun, conselheiro de Erdogan, alertou que o processo não será rápido ou superficial. Em Diyarbakir, a notícia foi recebida com cautela; muitos esperam que o processo prossiga sem enganos.

O PKK destacou que a decisão oferece uma base sólida para a paz duradoura e a solução democrática. O presidente do CHP, Özgür Özel, pediu ao Parlamento turco que atue com responsabilidade histórica.

A União Europeia considerou a decisão um passo positivo e pediu a todos os envolvidos que trabalhem em direção a uma solução pacífica e sustentável.

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