Partido de Bolsonaro usará prisão para mobilizar militância e transformar ex-presidente 'em mártir'
PL vê prisão domiciliar de Bolsonaro como oportunidade para mobilizar apoiadores e reforçar imagem de "mártir". Partidos aliados intensificarão a pressão pelo impeachment de Alexandre de Moraes, aproveitando a insatisfação da militância.
Lideranças do PL e aliados de Jair Bolsonaro utilizarão a prisão domiciliar do ex-presidente para mobilizar a militância bolsonarista, adotando um discurso de “transformar o mito em mártir”.
A prisão foi decretada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que proíbe Bolsonaro de se comunicar com aliados, recebendo visitas ou usando celular.
A estratégia do PL envolve:
- Reforçar a imagem de “perseguido” de Bolsonaro.
- Fazer um pedido de impeachment de Moraes, faltando apenas cinco assinaturas.
Entre os que ainda não assinaram está o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro.
Para conseguir apoio, os bolsonaristas usarão a prisão de Bolsonaro e as medidas contra o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) como exemplos do “autoritarismo” de Moraes.
Além disso, mencionarão a rejeição ao caso de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2017 para pressionar os senadores.
“Nossa pauta prioritária agora será o impeachment de Moraes”, afirmou uma liderança.
Aliados de Bolsonaro acreditam que a militância está fortalecida após manifestações em diversas cidades, buscando engajamento para protestos, incluindo novos atos no 7 de setembro.