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Patrimônio do FGC cresce, mas crises podem sobrar para o bolso do investidor

O crescimento do patrimônio do FGC reflete uma maior robustez, mas desafios no setor financeiro continuam a levantar preocupações sobre a liquidez do fundo. Especialistas sugerem a necessidade de reavaliação das práticas de distribuição e maior responsabilidade das instituições financeiras para mitigar riscos potenciais.

FGC registra crescimento no patrimônio e liquidez em 2024

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) teve um crescimento de 11,96% no patrimônio, totalizando R$ 140,4 bilhões. A liquidez aumentou 11,3%, passando de R$ 102,6 bilhões para R$ 114,2 bilhões.

A negociação envolvida entre o Banco BRB e o Banco Master trouxe incertezas sobre a liquidez do FGC, dada a potencial quebra do Master.

Criado em 1995, o FGC é financiado pelas contribuições mensais das instituições associadas. Em caso de crise, pode acionar a linha de assistência de liquidez, evitando liquidações financeiras, o que resulta em menor recuperação de recursos.

Os bancos podem ser convocados a contribuir mais, o que impactaria diretamente as taxas comerciais para os consumidores. Segundo um especialista, essa contribuição extra gera custo e pressiona as taxas de juros.

Apesar das preocupações, os números do FGC indicam robustez, ainda que o pagamento de R$ 31,3 milhões em garantias anteriores não possa ser ignorado. O papel de quem distribui produtos financeiros deve ser revisto para adequação aos perfis de investimento dos clientes.

Embora tenha sido considerada uma criação positiva, há receios de que a sociedade possa ser “cobrada” por problemas no FGC. Exemplo disso é a potencial quebra de instituições médias que afete parte significativa do fundo.

O patrimônio do FGC inclui R$ 5 trilhões em depósitos elegíveis à garantia, com um aumento de 11,82% em 2024. Desses, 75,2% estão concentrados em grandes bancos.

Um especialista destaca que a crise do Banco Master pode ser uma oportunidade para que os bancos e investidores reavaliem suas responsabilidades para proteção do FGC, enquanto outros acadêmicos sugerem limites para dívidas emitidas pelos bancos.

Atualmente, os bancos contribuem com 0,0125% sobre os depósitos elegíveis, acumulando R$ 5,7 bilhões em 2024. Com isso, 99,67% das contas estão 100% cobertas pelo limite da garantia, atingindo R$ 2,4 trilhões em cobertura.

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