Paulo Sergio Nogueira pede absolvição e diz que era contra tentativa de golpe
Ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira nega envolvimento em organização criminosa e pede absolvição na ação sobre tentativa de golpe. Seu advogado ressalta que Nogueira se opôs à trama e buscou dissuadir o presidente de ações antidemocráticas.
Ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira negou, em 13 de setembro, a participação em organização criminosa.
Ele solicitou absolvição e a incompetência do STF para julgar a ação, alegando ausência de foro por prerrogativa de função.
Nogueira apresentou suas alegações finais na ação da trama golpista, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), foi responsável por uma tentativa de golpe.
A defesa argumentou que existem provas contundentes de que o general não integrou a organização criminosa e não atentou contra o governo e o Estado Democrático.
Os advogados afirmaram que Nogueira era contrário ao golpe e tentava demover o Presidente da República de possíveis ações nesse sentido.
Além de Nogueira e Bolsonaro, estão envolvidos ex-ministros como Walter Braga Netto e Anderson Torres, além de outros militares e políticos.
- A acusação inclui: golpe de Estado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A ação está na última fase antes do julgamento, que pode ocorrer em setembro e ser finalizada ainda este ano.
Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, enfrenta condenação de até 43 anos em regime fechado.
A Primeira Turma do STF, que julgará o caso, é composta por cinco ministros, incluindo Alexandre de Moraes, relator da ação.