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PayPal vê Brasil como ‘laboratório’ e quer avançar em adquirência, Pix e PMEs

O PayPal planeja expandir suas operações no Brasil com foco em pequenas empresas e produtos relacionados ao Pix, seguindo uma nova estratégia de crescimento na América Latina. A empresa busca se reposicionar no mercado de pagamentos e fortalecer as relações com varejistas, além de explorar inovações tecnológicas, como inteligência artificial e stablecoins.

PayPal transforma operação no Brasil em laboratório para a América Latina.

Após anos com carteira digital e checkout online, a plataforma busca crescer entre pequenas empresas, atuar como adquirente e lançar produtos conectados ao Pix.

Desde que Alex Chriss assumiu como CEO, há 18 meses, a empresa tem reestruturado seus negócios, priorizando mercados emergentes na Ásia e na América Latina.

Juan Luis Bordes, VP do PayPal na América Latina, destacou uma reformulação completa e a importância dos mercados brasileiros e mexicanos para a companhia. Em breve, haverá mais investimentos na região.

A nova estratégia visa aumentar o ritmo de crescimento em um cenário de mudanças rápidas no mercado de pagamentos, como o Pix e as stablecoins.

No último ano, a receita líquida do PayPal subiu 7%, totalizando US$ 31,8 bilhões, enquanto o lucro líquido caiu 2%, para US$ 4,15 bilhões.

A chave para essa nova fase foi a licença do Banco Central para operar como adquirente, permitindo o processamento direto de pagamentos e concorrência com gigantes como Cielo e Mercado Pago.

Bordes afirmou que a empresa quer dedicar atenção ao relacionamento com clientes e planeja lançar produtos atrelados ao Pix até o final do ano.

O PayPal também lançou o Complete Payments (PPCP) para pequenas e médias empresas, visando recuperar o mercado negligenciado. A oferta de crédito para lojistas e consumidores está em avaliação.

A reformulação no Brasil integra uma agenda global de inovação que inclui o uso crescente de inteligência artificial e stablecoins.

Em 2023, o PayPal lançou sua própria stablecoin, a PayPal USD (PYUSD), com mais de US$ 1 bilhão em reservas, planejando ampliar seu uso em aplicações práticas.

O desafio agora é entender como a stablecoin pode reduzir custos para consumidores e lojistas, com ambições altas para o futuro.

Os pilotos para uma experiência de “agentic commerce” com IA estão sendo desenvolvidos, permitindo que usuários digitem o que querem comprar e a IA cuida do resto.

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