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PCC controla ao menos 40 fundos de investimentos com patrimônio de mais de R$ 30 bilhões, diz Receita Federal

Receita Federal identifica 40 fundos de investimento controlados pelo PCC com patrimônio de R$ 30 bilhões. Megaoperação revela um esquema de lavagem de dinheiro que envolve a compra de bens e serviços em diversas regiões do Brasil.

A Receita Federal já identificou ao menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. Essas operações ocorriam no mercado financeiro de São Paulo, por integrantes infiltrados na Faria Lima.

Os fundos eram utilizados para ocultação de patrimônio, sendo fechados com um único cotista, geralmente outro fundo. Os recursos financiaram a compra de:

  • 1 terminal portuário;
  • 4 usinas produtoras de álcool;
  • 1.600 caminhões para transporte de combustíveis;
  • mais de 100 imóveis, incluindo 6 fazendas em São Paulo avaliadas em R$ 31 milhões e uma residência em Trancoso (BA) por R$ 13 milhões.

A principal fintech investigada, BK Bank, atuava como banco paralelo, movimentando R$ 46 bilhões não rastreáveis. Outras empresas envolvidas incluem:

  • Grupo Aster/Copape - proprietários de usinas e rede de postos;
  • Reag - fundo utilizado para aquisição e blindagem de bens.

Essas empresas financiavam importadoras de produtos como nafta e diesel, que eram comercializados em mais de 1.000 postos em 10 estados brasileiros, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Os postos recebiam dinheiro em espécie ou via maquininhas, atuando na lavagem de dinheiro. Entre 2020 e 2024, importaram mais de R$ 10 bilhões em combustíveis, com movimentação de R$ 52 bilhões e baixo recolhimento de tributos.

Cerca de 140 postos não tiveram movimentação, mas receberam R$ 2 bilhões em notas fiscais, possivelmente para ocultar valores ilícitos. A megaoperação desta quinta-feira (28) é composta por três operações: ‘Quasar’, ‘Tank’ e ‘Carbono Oculto’.

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