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Pedido de Trump à China sobre soja é ofensiva contra o Brasil, diz Celso Amorim

Celso Amorim alerta que a solicitação de Trump à China pode prejudicar os interesses agrícolas do Brasil. A conversa entre Lula e Xi Jinping busca fortalecer a parceria estratégica em meio às tensões comerciais.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência, alertou que as ações recentes de Donald Trump em relação à China vão além da disputa comercial e se tornam hostis ao Brasil.

Trump solicitou a Pequim que quadruplicasse a compra de soja dos EUA, o que, segundo Amorim, poderia ser interpretado como um "quase um estado de guerra" contra os interesses brasileiros.

Em entrevista ao programa Roda Viva, Amorim destacou que a China deve manter a parceria estratégica com o Brasil e defendeu canais permanentes de diálogo. Ele acredita que a proposta americana é resultado de pressão política e econômica.

A soja é um dos principais produtos exportados pelo Brasil para a China, essencial para a balança comercial agrícola do país. A queda na demanda teria impacto significativo na economia nacional.

O pedido de Trump ocorreu poucas horas antes da prorrogação de 90 dias da trégua tarifária entre os EUA e a China. Sem a prorrogação, tarifas sobre produtos chineses teriam voltado a ser aplicadas.

Em meio a essas tensões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na noite de segunda-feira para o líder chinês Xi Jinping, a pedido do governo brasileiro. O foco da conversa foi a guerra tarifária dos EUA.

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