Pedidos do PL travam definição de comissões na Câmara
Entraves do PL impactam a escolha de comissões na Câmara; definição pode ser adiada. As disputas entre partidos têm gerado conflitos, especialmente em relação à presidência da Credn e outras comissões importantes.
Entraves do PL
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que a definição pode ser adiada para a próxima semana, possivelmente em 18 de março.
O impasse principal envolve o PL e o PT, especialmente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn). O PT deseja barrar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) da presidência, citando sua atuação nos Estados Unidos.
O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), considera sua indicação “inaceitável” e potencialmente conflituosa com o STF.
Por outro lado, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acredita na possibilidade de colocar Eduardo na liderança da Credn, com base em um acordo anterior que favorece o PL como maior partido da Câmara.
A ordem de escolha das comissões, conforme o acordo originado na gestão do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determina que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) seria compartilhada anualmente entre os partidos.
Os interesses também esbarram no União Brasil, que prioriza a relatoria do Orçamento em troca de apoio à eleição de Hugo Motta.
Além disso, o PL reivindica as comissões de Direitos Humanos e Amazônia e dos Povos Originários, atualmente presididas por membros do PCdoB e PT, respectivamente.
Por fim, a disputa se estende ao PSD, que já havia indicado Diego Andrade (PSD-MG) para a Comissão de Minas e Energia, complicando ainda mais as negociações.