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Pediram prioridade à revisão, e isso contribuiu para elevar fila do INSS, diz Lupi

Carlos Lupi critica priorização de ações de revisão de benefícios no INSS, que levou ao aumento das filas de espera. O ex-ministro aponta questões orçamentárias e insatisfação técnica como fatores contribuidores para o represamento.

Ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, revelou em entrevista que a Casa Civil e o Ministério da Fazenda priorizaram a revisão de benefícios do INSS em detrimento da análise de novos requerimentos.

Lupi afirmou: "Mais de 1 milhão de pedidos entram mensalmente" e essa decisão gerou um aumento no estoque de requerimentos pendentes.

A mudança foi motivada por questões orçamentárias e provocou descontentamento entre técnicos do INSS, que reclamaram da priorização de revisões:

  • "Acabou acumulando mais" requerimentos.
  • No período, houve greves e a falta de pagamento de horas extras para atender à demanda.

Sobre a decisão governamental, Lupi afirmou estar contrariado, mas que era necessário acatar. A atual gestão nega represamento e afirma que ações contra fraudes são contínuas.

Lupi comentou que, após a volta das horas extras e o fim da greve, a situação poderá se normalizar em três a quatro meses. No entanto, a revisão obrigatória a cada dois anos trará novos desafios ao INSS.

Para contextualizar, Lupi foi ministro da Previdência de janeiro de 2023 a maio de 2025 e presidente do PDT. Ele pediu demissão em maio após uma operação da Polícia Federal.

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