Pedro Lucas Fernandes rejeita ministério de Lula após racha no União Brasil

Pedro Lucas Fernandes, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, rejeitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o ministério das Comunicações. A decisão foi tomada após reunião com o presidente do partido, Antônio Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

A permanência de Pedro Lucas no cargo foi influenciada pelo clima de instabilidade no partido e incertezas sobre a proximidade com o governo.

Em nota, ele expressou: “Minhas mais sinceras desculpas ao presidente Lula por não poder atender a esse convite. Posso contribuir mais com o País com a função que exerço na Câmara dos Deputados.”

Figuras do governo consideraram a recusa desrespeitosa e alertaram para uma possível reavaliação do papel do União Brasil na gestão.

O partido havia indicado Pedro Lucas como novo ministro após a renúncia do ex-ministro Juscelino Filho, acusado de corrupção. Lula elogiou a indicação e pediu mais apoio da sigla no Congresso.

Contudo, cerca de 25 deputados da bancada se opuseram à sua ida ao ministério. O favorito para a função seria Juscelino Filho, apoiado por Alcolumbre.

A relação do partido com o governo é tensionada pela entrega de assinaturas ao projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro, onde 40 dos 59 deputados do União assinaram.

Houve preocupação de que a saída de Pedro Lucas da liderança causasse uma nova disputa interna e favorecesse a escolha de um parlamentar opositor ao governo.

Pedro Lucas destacou seu compromisso em dialogar com várias forças políticas: “A liderança me permite construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do Brasil.”

Ele reafirmou sua disposição para o diálogo institucional e seu compromisso com o bem-estar dos brasileiros, especialmente dos mais necessitados.