'Pela primeira vez na História, machismo é maior entre mais jovens', diz pesquisadora

Laura Bates, escritora e pesquisadora inglesa, alerta para a radicalização em massa de meninos e adolescentes estimulada pelos algoritmos da internet. Ela menciona que atitudes misóginas estão crescendo entre os jovens, contradizendo a crença de que a juventude é mais tolerante.

Bates é uma voz proeminente no feminismo, com projetos como Everyday Sexism e livros que abordam a discriminação contra mulheres. Em entrevista ao podcast Radical with Amol Rajan, discute como a inteligência artificial pode agravar essa situação e ressalta: "a vida de meninas e mulheres está em jogo".

Relatos pessoais de Bates sobre assédios que sofreu a levaram a se engajar no feminismo e a reconhecer as precauções diárias que as mulheres precisam tomar para se sentirem seguras.

Apesar de algumas mudanças legais, Bates argumenta que a discriminação e o assédio permanecem comuns. Ela acredita que algoritmos de redes sociais estão impulsionando um crescimento das visões conservadoras, potencializando conteúdos extremistas.

As reações de plataformas como TikTok e Meta são questionadas por Bates, que pede por mais regulação e moderação eficaz. Ela menciona que a tecnologia, especialmente a IA, pode agravar a discriminação em processos como recrutamento e saúde.

Bates destaca uma crise de saúde mental entre jovens, especialmente meninos, e sugere que novos modelos de masculinidade são necessários. A comunicação aberta sobre relacionamentos saudáveis é essencial para mudança.

Embora o cenário seja desalentador, Bates vê esperança em ações coletivas e no aumento da consciência sobre esses problemas na sociedade. Ela conclui que a discussão deve envolver todos, pois seremos cidadãos digitais no futuro da IA.

Para mais informações e apoio sobre assédio, abuso e saúde mental, consulte recursos adequados disponíveis.