Pentágono avalia ampliar uso de tropas para conter protestos nos EUA
Proposta visa mobilizar rapidamente tropas da Guarda Nacional para conter distúrbios civis em várias cidades dos EUA. Críticos destacam preocupações sobre a normalização da intervenção militar em questões domésticas.
Governo Trump avalia a criação de uma "Força de Resposta Rápida a Distúrbios Civis Domésticos" nos EUA. A proposta, com 600 soldados da Guarda Nacional, visa agir rapidamente em protestos e distúrbios.
Os soldados ficariam prontos para mobilização em menos de uma hora, divididos em grupos de 300 em bases no Alabama e Arizona, cobrindo regiões a leste e oeste do rio Mississippi.
Os custos da operação podem atingir centenas de milhões de dólares. O transporte militar é caro, podendo ser mais econômico utilizar companhias aéreas comerciais.
A proposta não foi divulgada anteriormente e representa uma expansão significativa do uso militar em solo americano, possibilitada por legislação que contorna limitações do uso das Forças Armadas.
Documentos sobre o plano foram compilados por oficiais da Guarda Nacional entre julho e agosto de 2023. O início do programa, caso aprovado, seria no ano fiscal de 2027.
Além disso, a Guarda Nacional já testou esse conceito em 2020, colocando tropas em alerta em resposta a protestos após o assassinato de George Floyd.
A proposta gera preocupações, pois a mobilização de tropas para estados diferentes requer permissão, levantando questões jurídicas sobre a legalidade dessa ação.
Críticos apontam que a intervenção militar deve ser evitada em situações de aplicação da lei, alertando para o risco de normalização do uso das Forças Armadas no âmbito doméstico.
O governo Trump busca implementar um sistema de rotação de membros da Guarda Nacional de vários estados, incluindo Califórnia, Pensilvânia e outros.
A proposta é vista como um potencial abuso de poder e ignora práticas estabelecidas para apoio em emergências, segundo críticos como o porta-voz do governador de Maryland.