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Pentágono muda discurso e afirma que ataques dos EUA atrasaram em até dois anos programa nuclear do Irã

Pentágono contradiz avaliação de inteligência sobre impacto dos ataques aos locais nucleares do Irã, atribuindo atraso significativo no programa. EUA consideram "inaceitável" suspensão de colaboração do Irã com a AIEA durante momento crucial para diplomacia.

Pentágono confirma atraso no programa nuclear do Irã

O Pentágono anunciou nesta quarta-feira (2) que o programa nuclear do Irã foi atrasado e degradado em até dois anos após ataques dos EUA. Os ataques destruíram três locais alvejados.

Em comparação, o presidente Donald Trump havia mencionado os ataques como análogos às bombas em Hiroshima e Nagasaki, afirmando que "aquilo acabou com aquela guerra".

A Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) havia avaliado, na semana anterior, que os ataques resultaram em um atraso de apenas alguns meses no programa nuclear iraniano. Trump contrariou essa conclusão.

Secretários de Estado e de Defesa, como Marco Rubio e Pete Hegseth, apoiaram Trump, questionando a confiabilidade da avaliação da DIA, descrevendo-a como "preliminar" e "de baixa confiança".

Trump também declarou: "Foi uma obliteração". Ele contestou a falta de certeza da inteligência, ressaltando que o impacto foi severo.

A declaração do Pentágono ocorre em meio à suspensão da cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o que foi considerado "inaceitável" pelos EUA.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, declarou que o Irã deve cooperar com a AIEA, especialmente em um momento propício para paz.

O Irã já havia negado o pedido do chefe da AIEA, Rafael Grossi, para visitar as instalações bombardeadas e avaliar os danos. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que os ataques causaram "danos sérios e extensos" ao complexo de Fordow.

"Ninguém sabe exatamente o que ocorreu em Fordow", ressaltou Araghchi, informando que avaliações estão em andamento.

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