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Perfis de esquerda impulsionam 'Congresso inimigo do povo' em reação à derrubada do aumento de IOF

Perfis de esquerda mobilizam tática digital contra Congresso após decisão sobre IOF. Apesar do esforço, repercussão fica aquém do esperado e votação resulta em derrota para o governo.

Mobilização nas redes sociais após votação do projeto que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Perfis de esquerda, liderados por Erika Hilton, promoveram a tag ‘Congresso inimigo do povo’.

Apesar da tentativa de mobilização, a repercussão foi tímida conforme levantamento da consultoria Bites.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, pautou o projeto a contragosto, em resposta à estratégia do Palácio do Planalto.

Desde 16 de junho, a associação do Congresso à alcunha “inimigo do povo” ganhou força, mas era inicialmente usada por perfis apócrifos ou de pouca expressão.

No dia 18 de junho, o movimento teve um pico: 260 mil menções e 1,4 milhão de interações nas redes sociais.

Nesta quarta-feira, a tentativa de reacender a discussão resultou em 61,3 mil menções e 168 mil interações, bem abaixo do pico anterior.

Auxiliares de Lula acreditam que o governo teria dificuldades para convencer Motta a reverter a decisão. A ministra Gleisi Hoffmann defendeu que a derrubada do decreto prejudicaria as contas públicas.

A ministra argumentou que isso exigiria novo contingenciamento no Orçamento, afetando programas sociais e emendas parlamentares.

Apesar dos esforços, o governo foi derrotado: o projeto foi aprovado por 383 votos a favor e 98 contra.

A derrubada de decretos é uma medida rara; menos de 1% dos projetos de decreto legislativo foram aprovados desde 1989.

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