Perícia diz que “minutas do golpe” de Torres e Cid não são iguais
Defesa de Anderson Torres aponta diferenças entre a "minuta do golpe" encontrada em sua casa e a atribuída a Mauro Cid. Relatório técnico sugere que o documento de Torres não possui características de um plano formal para a implementação de estado de sítio.
Relatório da Defesa de Anderson Torres foi apresentado ao STF em 23 de junho de 2025, indicando que a "minuta do golpe" encontrada com o ex-ministro é diferente da atribuída ao tenente-coronel Mauro Cid.
A defesa baseou sua análise em decisão autorizada pelo ministro relator Alexandre de Moraes. Os advogados alegam que o documento de 3 páginas associado a Cid menciona Estado de Sítio, GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e prisão de autoridades, enquanto a versão encontrada com Torres é uma impressão simples, sem assinatura ou metadados.
O texto de Torres é compatível com arquivo publicado no site jurídico Conjur e registrado em cartório. A defesa também apresentou perícia audiovisual de uma live de 2021, onde Torres não leu partes das minutas como alegado.
Essas conclusões fortalecem a posição da defesa, já que Torres nega sua participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.
Existem muitos arquivos chamados de "minuta do golpe" na internet, mas a procedência e origem de cada um deles são incertas. Todos os textos propõem estado de sítio ou de defesa, mas necessitam de aprovação dos comandantes militares e do Congresso para serem efetivos, o que nunca ocorreu.
O Poder360 identificou 3 arquivos relacionados em sites da internet.