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Pesquisadores do Brasil e da França vão testar terapia contra câncer

Estudo clínico visa avançar na imunoterapia para linfoma raro, com cooperação entre pesquisadores brasileiros e franceses. O projeto busca transferir tecnologia e desenvolver terapia celular acessível para o SUS.

Pesquisadores da FMRP-USP e do Instituto Curie iniciarão um estudo clínico sobre a imunoterapia CAR-T para linfoma óculo-cerebral.

A pesquisa envolve a transferência de tecnologia para produzir células T geneticamente modificadas, visando combater este câncer raro que afeta o cérebro e os olhos.

O projeto foi apresentado na Fapesp Week França, em Toulouse, de 10 a 12 de junho. Segundo Diego Clé, coordenador do projeto, a colaboração busca aprimorar as células CAR-T e integrar a tecnologia ao SUS.

Desde 2019, a FMRP-USP, com o apoio da Fapesp, desenvolve no Brasil essa terapia avançada, que transformou linfócitos T obtidos de pacientes para atacar células tumorais.

Em 2022, foi inaugurado o Nutera, a primeira fábrica de terapia celular CAR-T na América Latina, permitindo a produção a custos significativamente mais baixos, cerca de um terço dos preços comerciais.

Atualmente, as células CAR-T fabricadas visam tratar leucemia linfoide aguda e linfoma não Hodgkin, mas há planos para desenvolver tratamentos para outros tipos de câncer e doenças autoimunes, com um ensaio clínico previsto para o próximo ano.

A França, liderada por cientistas como Michel Sadelain, é pioneira na terapia CAR-T, com mais de 5.000 pacientes tratados, enquanto o Brasil trata cerca de 100, evidenciando a importância desta colaboração internacional.

O estudo irá recrutar 30 pacientes com linfoma óculo-cerebral para avaliar a eficácia das novas células CAR-T.

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