Pessimismo continua para ações do Banco do Brasil (BBAS3): XP e JPMorgan citam razões
Analistas da XP Investimentos ajustam suas previsões para o Banco do Brasil, prevendo um trimestre decepcionante e uma possível deterioração na qualidade do crédito. O sentimento negativo entre investidores persiste, com poucos otimistas em relação à ação BBAS3.
Desconfiança no Banco do Brasil (BBAS3) persiste após resultados do 1T25
No relatório da XP Investimentos, as estimativas para 2T25 foram revisadas para baixo, prevendo resultados decepcionantes.
Os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães destacam que, após duas atualizações de lucro, estão sendo conservadores nas projeções.
A suspensão do guidance e a deterioração da qualidade de crédito geram um cenário desfavorável para o Banco do Brasil.
A XP estima um crescimento de 5,5% a 9,5% na carteira total de empréstimos, mas prevê desaceleração sequencial no 2T25.
A receita líquida de juros (NII) deve aumentar 2,4% em relação ao trimestre anterior, mas a inadimplência será impactada negativamente pelo setor agro.
A estimativa de lucro líquido foi reduzida para R$ 5,4 bilhões, e a expectativa para 2025 caiu em 8%, totalizando R$ 26,0 bilhões.
O novo preço-alvo para 2026 é R$ 32 por ação, mantendo recomendação neutra.
A visão entre investidores é de cautela, conforme apontado pelo JPMorgan, que destaca um sentimento amplamente negativo em relação ao BBAS3.
- Investidores percebem outras ações no setor bancário como mais atraentes, com o Bradesco sendo vista como uma aposta volátil.
- Itaú é considerado caro, enquanto o Santander enfrenta preocupações com inadimplência.
A maioria dos investidores está vendendo ou evitando ações do Banco do Brasil, e poucos considerados otimistas fazem questionamentos sobre o momento de compra.
As perspectivas para o BBAS3 permanecem sombrias, e o consenso entre analistas e investidores é negativo.