Pessoas dos EUA precisam dos nossos produtos, diz gerente de empresa no coração industrial da China
A prorrogação da trégua nas tarifas entre EUA e China revitaliza a indústria de logística na China. Trabalhadores celebram aumento nas remessas e esperança de melhores salários em meio à incerteza comercial.
Shuai Hang passou uma semana sem trabalhar devido às tarifas acima de 100% dos EUA sobre produtos chineses. O galpão onde ele trabalha reduziu suas exportações ao mínimo.
Após o presidente Donald Trump prorrogar uma trégua sobre as tarifas, na segunda-feira (11), a atividade no galpão em Cantão se intensificou, com trabalhadores carregando caminhões com pacotes para clientes americanos do Temu.
Shuai, cujo salário mensal foi reduzido em um terço, comentou: "As tarifas impactam nossa vida cotidiana". Ele percebeu que tarifas baixas trazem mais remessas e melhores rendimentos.
A política tarifária de Trump causou um confronto com Pequim, mas em maio, os EUA e a China chegaram a uma frágil trégua que foi renovada até novembro.
No auge das tarifas, na verdade, não havia caminhões para transportar mercadorias, resultando na queda das remessas em 20% em maio, segundo Xiong Wei, fundador da empresa de logística Weijiang. No entanto, a atividade se recuperou desde julho.
Xiong expressou confiança na renovação da trégua, afirmando que agora estão "indiferentes" ao fim do acordo de 90 dias. O depósito atualmente despacha 100 toneladas de pacotes diariamente.
A incerteza tarifária gerou oportunidades para pequenas empresas de logística, segundo o gerente Chen Weiyan. Shuai, que está preocupado com o impacto das tarifas, deseja evitar longas pausas no trabalho para garantir sua renda.
Chen é otimista e afirma: "Não vamos desistir deste mercado", ressaltando a necessidade dos consumidores americanos por seus produtos.