Petrobras 'abrasileira' preços de combustíveis ajudada por queda do petróleo
A Petrobras garante que sua política de preços, focada na mitigação das oscilações externas, resultou em maior estabilidade no mercado interno e recuperação de participação nas vendas. Contudo, o desconto aplicado em relação às cotações internacionais não apresenta grandes diferenças em comparação ao governo anterior.
Política de Preços na Petrobras: Nos dois primeiros anos sob a gestão Lula, a política implementada buscou maior estabilidade nos preços dos combustíveis, mas sem grandes descontos em comparação às cotações internacionais.
A Petrobras afirma que cumpriu a missão de “abrasileirar” os preços internos, mantendo rentabilidade e recuperando mercado perdido, especialmente com a queda do preço do petróleo.
O diretor Claudio Schlosser destacou que a empresa garantiu valor aos clientes e estabilizou preços para distribuidoras, mesmo em meio à volatilidade externa.
Dados do Ineep demonstram que o desconto médio sobre os preços internacionais não difere significativamente do governo anterior. Sob Lula, a gasolina e o diesel ficaram a 95% e 94% da paridade de importação, respectivamente, enquanto no governo Bolsonaro estavam a 96%.
Diferenças entre os períodos:
- Comportamento do preço do petróleo e
- Periodicidade dos ajustes realizados.
No governo anterior, houve aumento de preços devido à escalada das cotações internacionais. Já sob Lula, a Petrobras suspendeu ajustes frequentes, resultando em longos períodos sem alterações, com 2024 iniciando sem ajustes no diesel e gasolina.
Com a queda do petróleo, a Petrobras reduziu 35% no preço do diesel e 14% na gasolina desde o fim do governo Bolsonaro, considerando a inflação.
A estatal recuperou mercado perdido para importações privadas, atingindo a maior fatia de mercado desde 2022. A utilização das refinarias chegou a 93% em 2024, acelerando após a nova gestão.
Entretanto, importações privadas ainda ocorrem, especialmente de diesel mais barato da Rússia, com grandes distribuidoras conseguindo diluir custos.
Analistas mostram confiança na política de preços da Petrobras, que agora não gera preocupações. Relatórios indicam que as estimativas de preços estão dentro das expectativas de mercado.
A política é auditada por diversas instâncias, incluindo conselhos e fiscalização do TCU e Cade.