Petrobras avalia ampliar fatia na Braskem, mas sem estatizar a companhia
Petrobras busca aumentar sua participação na Braskem para ter mais influência nas decisões da petroquímica. A estatal expressou desconforto com as movimentações recentes de venda de ações da Novonor e negociações de ativos pela Braskem.
Petrobras avalia aumentar sua participação na Braskem para garantir maior poder de decisão na companhia. A estatal não planeja a estatização, mas deseja estar próxima de decisões importantes.
Recentemente, surgiram preocupações na Petrobras sobre as movimentações da Novonor (ex-Odebrecht) para vender sua participação na petroquímica. A entrada da Petrobras como interessada no procedimento do Cade foi uma resposta ao empresário Nelson Tanure, que busca comprar ações da Novonor na Braskem.
A Petrobras, que detém 47% das ações ordinárias e 36,1% do capital total da Braskem, lembrou seu direito de adquirir a participação da Novonor conforme acordo de acionistas.
Após ser comunicada sobre a proposta de Tanure pela imprensa, a presidente Magda Chambriard expressou surpresa com a ausência de diálogo com a Petrobras em suas movimentações. A estatal pediu para ser incluída como terceira interessada no processo de compra, o que foi aceito nesta semana.
As discussões recentes entre as partes destacaram a necessidade de respeito entre os sócios. Um recente contato da Unipar para adquirir ativos da Braskem causou desconforto, sendo tratado como uma “surpresa ruim” por Magda, que enfatizou o direito de veto da Petrobras sobre a venda.
Tanure enfrenta desafios não apenas com a Petrobras, mas também no que diz respeito à indenização pelo acidente geológico em Maceió. Sua chegada causou surpresa entre os bancos credores da Novonor e o mercado, que vê Tanure como uma possível solução para a situação da empresa.
A Petrobras não comentou sobre a situação antes da publicação desta nota, e a Braskem e a Novonor também se abstiveram de fazer declarações.
Publicada no Broadcast+ em 20/08/2025.