Petrobras e Ibama avançam em acordo para simulado na Foz do Amazonas, última etapa antes da perfuração
Petrobras e Ibama definem simulado de emergência para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. A Avaliação Pré-Operacional é um passo crucial para a autorização de perfuração na região, que enfrenta resistência de ambientalistas.
A Petrobras e o Ibama firmaram um acordo para realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá.
Esse é o último passo antes da autorização para a perfuração do primeiro poço de petróleo em águas profundas na região.
A APO consiste em testar planos de emergência e de proteção da fauna em caso de vazamento de petróleo. A operação deve durar três a quatro dias e envolve:
- Embarcações
- Equipamentos de resposta a incidentes
- Equipes especializadas
A logística é complexa devido às condições ambientais da região.
O Ibama sugeriu que a APO ocorra em 24 de agosto ou na mesma semana, mas a confirmação depende de ajustes técnicos.
Lideranças políticas do Amapá consideram a data certa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, destacaram a importância do teste como o último passo para a pesquisa petrolífera.
A diretora de Exploração da Petrobras, Sylvia Anjos, confirmou o acordo, mas não anunciou a data. A empresa usará “a maior estrutura de resposta a emergências” já aplicada por ela.
O processo tem enfrentado resistência de organizações ambientalistas, que alertam sobre riscos à biodiversidade e a nova fronteira petrolífera. Um parecer técnico de fevereiro recomendou arquivar o pedido da Petrobras, apontando falhas em planos de resgate de fauna ameaçada.
Apesar disso, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, autorizou a APO em maio. A região é vista pelo governo federal como estratégica, com potencial de abrigar até 30 bilhões de barris de petróleo e gerar R$ 1 trilhão em arrecadação.