Petrobras e outras 3 empresas da América Latina acusadas de se 'beneficiar do genocídio' em Gaza por relatora da ONU
Relatório da ONU revela que multinacionais, incluindo Petrobras e Orbia, estariam lucrando com a situação na Faixa de Gaza. Acusações incluem a participação de empresas em atividades que apoiam ações militares israelenses contra os palestinos.
Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios palestinos, acusou multinacionais de "se beneficiarem do genocídio" na Faixa de Gaza. A denúncia foi feita em um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, que detalha a participação de empresas globais na campanha militar de Israel.
Dentre as empresas mencionadas, destacam-se:
- Petrobras (Brasil)
- Orbia Advance Corporation (México)
- Glencore e Drummond (Colômbia)
Albanese afirma que o conflito é "lucrativo" e que, enquanto a vida em Gaza é destruída, a Cisjordânia também sofre ataques. Israel negou as acusações e considerou o relatório "infundado".
Após a publicação do relatório, o governo Trump anunciou sanções contra Albanese, alegando antissemitismo. A secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, criticou essa decisão como um “ataque descarado” aos direitos humanos.
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, condenou o que chamou de "genocídio" em Gaza, mas não impediu a exportação de petróleo que alimenta as operações militares israelenses, segundo o relatório.
O relatório também destaca a Colômbia, que historicamente exportou carvão para Israel. O presidente Gustavo Petro anunciou a suspensão das exportações, mas as empresas Glencore e Drummond continuam a enviar carvão.
A Orbia, por meio de sua subsidiária Netafim, é acusada de facilitar o expansionismo israelense na Cisjordânia, explorando recursos hídricos de maneira prejudicial aos palestinos.
As respostas das empresas às alegações foram, em sua maioria, negando qualquer envolvimento com as ações descritas.