Petrobras gasta R$ 4 milhões diários com sonda parada no Pará à espera de autorização do Ibama
Petrobras enfrenta desafios na exploração do poço Morpho devido à lentidão do Ibama. A estatal já acumula altos custos diários enquanto aguarda autorização para dar início à perfuração na Bacia da Foz do Amazonas.
Demora na Autorização Pré-Operacional (APO) do Ibama causa insatisfação na Petrobras.
A estatal gasta mais de R$ 4 milhões por dia para manter a sonda ODN II pronta para operar no poço Morpho, na Bacia da Foz do Amazonas.
Na semana passada, o Ibama agendou uma reunião com a Petrobras para 12 de agosto, considerando o prazo excessivo. A companhia esperava realizar a APO antes disso.
A ODN II está parada há um mês em Belém, no Pará, e foi contratada em 2023 para explorar o poço Morpho. Após meses de espera, a Petrobras transferiu a sonda para a Bacia de Campos em junho.
A sonda retornou à região em maio após o Ibama autorizar a limpeza do equipamento. A expectativa era pela licença ambiental em julho, que não ocorreu. Agora, a Petrobras espera essa autorização em agosto.
A Margem Equatorial é vista como a última grande fronteira de hidrocarbonetos no Brasil. A Petrobras busca verificar se os reservatórios brasileiros são tão promissores quanto os da Guiana e do Suriname.
A reposição de reservas é crucial, já que o pré-sal deve entrar em declínio na próxima década. Sem novas descobertas, o Brasil pode voltar a importar petróleo, prática abandonada em 2006.
Publicada no Broadcast+ em 28/07/2025.