Petrobras: por que o Citi tem recomendação neutra para as ações da estatal
Citi mantém projeção de preço-alvo para ações da Petrobras em R$ 35 e destaca aumento no fluxo devido a dividendos. Analistas alertam sobre a necessidade de ajuste no capex para evitar alavancagem em cenário de preços em queda.
Analistas do Citi mantêm recomendação neutra para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) e preço-alvo de R$ 35 ou US$ 12,50 para ADRs.
A empresa é considerada uma boa opção de ‘carry’ por seu anúncio resiliente de dividendos, mas não é vista como a melhor escolha para uma tese de “trade” eleitoral.
Embora a melhora na produção possa compensar a queda nos preços do petróleo, o aumento dos desembolsos de capex para 2025 é um fator negativo.
- Estimativa de lucro líquido: US$ 16,559 bilhões para 2025.
- Estimativa de lucro líquido: US$ 14,469 bilhões para 2026.
Recentemente, a Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no 2º trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano anterior. O lucro caiu 24,3% em relação ao 1º trimestre.
A estatal anunciou o pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos. A inclusão do GLP em sua estratégia foi destacada.
A Vista Capital, após seis anos comprando ações da Petrobras, agora está com posição vendida, citando deterioração na governança e investimentos questionáveis.
Apesar de gerar R$ 42,5 bilhões de caixa operacional, a empresa consumiu R$ 38,1 bilhões, resultando em geração líquida de caixa baixa.
Ainda que o pré-sal seja um ativo de classe mundial, a Petrobras perdeu seu status de produtora de baixo custo. A geração de caixa livre é mínima com o petróleo em US$ 70/barril.
Com o cenário atual, cortes em dividendos e investimentos podem ser necessários, questionando sua solvência.
As ações da Petrobras caíram: 0,75% (PETR4) a R$ 30,57 e 0,6% (PETR3) a R$ 32,90 na B3, com quedas acumuladas de cerca de 11% e 12% no ano.