Petróleo cai pelo 4º pregão seguido com temor de recessão e guerra comercial
Queda nos contratos futuros de petróleo é impulsionada por tensões entre EUA e China. Estrategistas preveem que desaceleração na atividade de perfuração pode amenizar a pressão sobre os preços.
Contratos futuros de petróleo registraram a quarta queda consecutiva em meio à guerra comercial entre EUA e China.
O movimento, o mais amplo desde 2 de abril, indica um aumento nas probabilidades de recessão, segundo estrategistas do ING.
No fechamento:
- Petróleo Brent (junho): queda de 2,16%, a US$ 62,82 por barril na ICE.
- WTI (maio): queda de 1,85%, a US$ 59,58 por barril na Nymex.
Os preços tentaram subir pela manhã, mas as tensões comerciais impediram. Hoje, às 13h (Brasília), expirou o prazo de Donald Trump para que a China cancelasse tarifas retaliatórias, com uma taxa total de 104%.
Estratégistas apontam que a desaceleração na perfuração nos EUA pode oferecer suporte ao mercado, prevendo uma retração na oferta e possível declínio na produção.
Economistas do Goldman Sachs projetam que:
- Preços do Brent/WTI devem cair para US$ 62/58 até dezembro de 2025 e a US$ 55/51 até dezembro de 2026, se não houver recessão e a Opep+ aumentar o fornecimento.
- Se houver recessão nos EUA, mas a Opep+ manter produção, o Brent pode cair para US$ 58 em 2025 e US$ 50 em 2026.
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