Petróleo fecha estável com dados e tarifas dos EUA compensando novas sanções à Rússia
Preços do petróleo apresentam leve queda em meio a incertezas econômicas e novas sanções à Rússia. Mercado digere a situação com cautela, refletindo dúvidas sobre a eficácia das medidas e a possível diminuição da demanda.
Preços futuros do petróleo apresentam pouca variação nesta sexta-feira, diante de notícias mistas sobre a economia, tarifas dos EUA e preocupações com o fornecimento devido às sanções da União Europeia contra a Rússia.
Os preços futuros do petróleo bruto Brent caíram 24 centavos (0,3%) para US$69,28 por barril. Já os preços futuros do WTI recuaram 20 centavos (0,3%), chegando a US$67,34.
Ambos os índices de referência encerraram a semana com uma perda de cerca de 2%.
No cenário dos EUA, a construção de moradias unifamiliares caiu para uma mínima de 11 meses em junho, impactada por altas taxas de hipoteca e incerteza econômica.
Por outro lado, o sentimento do consumidor melhorou em julho, com expectativas de inflação em queda, o que poderia resultar em redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve, impulsionando o crescimento econômico.
Separadamente, o presidente Donald Trump pressiona por uma tarifa mínima de 15% a 20% em acordos com a União Europeia, com análise de uma tarifa recíproca que ultrapasse 10%.
Aumento da inflação pode elevar preços ao consumidor e enfraquecer a demanda por petróleo.
Na Europa, a UE fechou um 18º pacote de sanções contra a Rússia, visando os setores de petróleo e energia, sem impactar importações de Noruega, Reino Unido, EUA, Canadá e Suíça.
Analistas da Capital Economics observaram que as novas sanções foram recebidas com cautela pelo mercado, refletindo a desconfiança sobre a seriedade das ameaças de Trump.