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Petróleo mais caro, aliados regionais, arma nuclear: Como o Irã poderia retaliar os Estados Unidos

A escalada do conflito entre Irã e Estados Unidos pode resultar em sérias consequências para a segurança na região. O Irã ameaçou considerar cidadãos americanos como alvos legítimos após os recentes ataques às suas instalações nucleares.

Ayatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, alertou os EUA sobre "consequências irreparáveis" no caso de se unirem ao conflito contra a república islâmica. No 21 de outubro, Donald Trump ordenou bombardeios em instalações nucleares do Irã.

O Irã tem fortalecido suas capacidades militares para dissuadir ataques dos EUA. O envolvimento americano no conflito pode eliminar os últimos motivos para evitar uma escalada. Isso poderia resultar em:

  • Ondas de ataques às forças dos EUA no Oriente Médio.
  • Tentativas de fechar rotas navais de petróleo.
  • Desenvolvimento acelerado de armas nucleares.

A TV estatal iraniana declarou que cidadãos americanos na região são alvos militares. Os EUA têm aproximadamente 40 mil militares espalhados pelo Oriente Médio, em países como Bahréin, Kuwait e Egito.

Um ataque ao Eixo da Resistência, grupos militantes pró-iranianos, poderia ser mais eficaz do que os enfrentamentos anteriores. O Estreito de Ormuz é crucial, transportando cerca de 20% do petróleo global. Impedimentos lá poderiam disparar os preços do petróleo e afetar a economia americana.

O Irã possui barcos de ataque rápido e minas navais, além de mísseis que podem ser lançados da costa do Golfo Pérsico. Mesmo que os EUA prometam liberdade de navegação, um breve confronto poderia paralisar o tráfego marítimo.

O Eixo da Resistência ainda é relevante, com grupos como os houthis do Iémen e milícias no Iraque, prontos para atacar os EUA e aliados. O bombardeio a Fordow, uma instalação nuclear, gerou incertezas sobre a extensão dos danos.

Embora o Irã já enriqueça urânio próximo ao nível de armas, seu programa é declarado civil. Contudo, ataques conjuntos podem apenas atrasar o desenvolvimento nuclear, sem eliminá-lo. O Irã poderia decidir abandonar a cooperação com a AIEA e o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Com informações de Joseph Krauss, Jon Gambrell, da Associated Press, e de Steff Chávez, da Financial Times.

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