Petróleo sobe 3% com recompra por vendidos e agravamento de tensões geopolíticas
Petróleo se recupera com compradores chineses voltando ao mercado e tensões globais em aumento. Expectativa de desaceleração na produção de xisto dos EUA também contribui para a valorização.
Contratos futuros do petróleo dispararam nesta terça-feira, 6, recuperando perdas de duas sessões anteriores.
A valorização foi impulsionada pelo retorno de compradores chineses após feriado e pelo agravamento das tensões no Oriente Médio e no Leste europeu. Isso se deu após a Rússia interceptar drones ucranianos e Israel lançar ataques contra rebeldes houthis no Iémen.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 3,43% (US$ 1,96), fechando a US$ 59,09 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 3,19% (US$ 1,92), para US$ 62,15 o barril.
Segundo o Oil Price Information Service (Opis), a disparada dos preços parece ser uma reação técnica à forte queda de segunda-feira, quando contratos futuros atingiram o menor nível em mais de quatro anos.
A notícia sobre o aumento de produção pela Opep+ atraí muitos vendedores, elevando as opções em aberto no WTI. Indicações de desaceleração na produção de petróleo de xisto nos EUA também ajudaram a aliviar preocupações com excesso de oferta.
A Diamondback Energy reduziu a previsão de produção e alertou sobre queda nas atividades de perfuração. Outro operador de xisto também anunciou cortes, indicando que os preços baixos impactam a produção.
O Departamento de Energia (DoE) informou que o aumento dos estoques poderá resultar em um preço médio do Brent de US$ 62 no segundo semestre e de US$ 59 no ano seguinte. No relatório de abril, a previsão era de um Brent a US$ 68 em 2025 e US$ 61 em 2026.
*Com informações da Dow Jones Newswires