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Petróleo sobe até 4% e futuros dos EUA e da Ásia recuam na abertura da semana

Investidores monitoram tensões no Oriente Médio após ataques dos EUA ao Irã, refletindo-se em alta nos preços do petróleo e na valorização do dólar. O mercado aguarda a reação de Teerã e a direção das próximas ações de Trump.

Mercados reagem a ataques dos EUA ao Irã

Na abertura dos mercados nesta segunda-feira (23), investidores reagiram aos ataques dos EUA contra as instalações nucleares do Irã. Isso resultou em alta dos preços do petróleo e valorização do dólar.

  • Petróleo bruto WTI subiu até 4,6%, atingindo US$ 77 por barril.
  • Futuros do S&P 500 caíram 0,40%.
  • Dólar apreciou-se em relação ao euro e outros pares importantes.
  • Criptomoedas enfrentaram quedas, com bitcoin abaixo de US$ 100.000 pela primeira vez desde maio.

A reação inicial ao ataque militar gerou expectativa de uma guerra em espiral no Oriente Médio. Traders aguardam a reação do Irã e o desenrolar da situação no Estreito de Ormuz.

Nick Twidale, analista da AT Global Markets, ressalta que a volatilidade será um tema central. O presidente Trump, com mais poder em relação a Teerã, terá grande influência nas decisões de mercado.

Evgenia Molotova, da Pictet Asset Management, acredita que o conflito deve ser localizado, a menos que o Estreito de Ormuz seja bloqueado, o que afetaria o fornecimento de petróleo.

O Irã prometeu “consequências eternas” aos ataques, enquanto Israel intensificou suas ações militares.

O MSCI All Country World Index caiu 1,5% desde os ataques iniciais de Israel. Gestores de fundos reduziram participações em ações e aumentaram a demanda por hedge.

A presidente do Federal Reserve Bank de São Francisco, Mary Daly, indicou uma política monetária estável e a possibilidade de cortes nas taxas no outono.

Os traders também acompanharão novos dados econômicos e as declarações de Christine Lagarde, presidente do BCE.

Shane Oliver, da AMP, alerta para riscos de um recuo significativo nos mercados, devido à possibilidade de interrupções no fornecimento de petróleo e incertezas tarifárias.

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