PF aponta Bolsonaro e Carlos como líderes de núcleo estratégico da “Abin paralela”
Relatório da PF revela envolvimento de Jair e Carlos Bolsonaro em esquema criminoso na Abin. Investigação aponta para espionagem política e desvio de recursos públicos em prol de interesses ilegais.
Relatório da Polícia Federal conclui que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro integraram núcleo da organização criminosa dentro da Abin.
O documento, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), revela que ambos faziam parte do centro decisório da operação clandestina que atuava no governo anterior.
- Núcleo estratégico: Definição de diretrizes e alvos, como opositores políticos e instituições públicas.
- Organização criminosa: Operou clandestinamente utilizando recursos do Estado para fins políticos ilegais.
- Espionagem e dossiês: Realizadas por servidores da Abin e policiais federais envolvidos no esquema.
A PF afirma que Carlos Bolsonaro participava ativamente da definição de alvos e que ambos eram os principais beneficiários das ações.
O grupo buscou desestabilizar adversários e minar a credibilidade do Judiciário e das instituições democráticas.
Os gestores da Abin usaram sua estrutura hierárquica para mascarar ilegalidades, emitindo ordens de forma informal.
Essa utilização de recursos estatais para fins ilícitos representa grave violação ao Estado Democrático de Direito e tinha como objetivo garantir a permanência de Jair Bolsonaro no poder.
Carlos Bolsonaro já foi indiciado. O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF, que decidirá sobre a transformação de indiciamentos em denúncias criminais, após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação se soma a outros inquéritos em curso contra aliados do ex-presidente, incluindo a trama golpista de 2022 e o uso de dados falsos contra as urnas eletrônicas.