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PF aponta ‘laranja’ de desembargador para ocultação de R$ 1,8 milhão de venda de sentença

Desembargador de Mato Grosso é acusado de receber propinas e utilizar filha adotiva como "laranja" para lavagem de dinheiro. Investigação da Polícia Federal revela movimentações financeiras suspeitas e aquisição de imóveis luxuosos.

Polícia Federal investiga desembargador João Ferreira Filho do Tribunal de Justiça de Mato Grosso por lavagem de dinheiro e corrupção.

A filha adotiva do magistrado, Alice Terezinha Artuso, é apontada como a ‘laranja’ que intermediou um repasse de R$ 1,8 milhão para compra de imóveis de luxo em Cuiabá.

O desembargador nega veementemente as acusações, e a defesa afirma que as discrepâncias entre seus rendimentos e gastos são "imprecisas".

Alice Artuso, ex-servidora do Tribunal, teve seu sigilo quebrado e bens bloqueados. Também sua mãe, Maria de Lourdes Guimarães Filho, está fora do cargo e tiveram suas contas bancárias abertas.

A investigação identificou que Alice pagou 42 boletos totalizando R$ 910 mil a empresas imobiliárias, mas não possui imóveis registrados em seu nome, levantando suspeitas de que atua como intermediária na lavagem de propinas.

O desembargador está afastado e sob procedimento administrativo disciplinar desde agosto de 2024. Os dados financeiros e conversas do lobista assassinado Roberto Zampieri, próximo do magistrado, reforçam as suspeitas.

A Polícia Federal investiga pagamentos de R$ 275 mil a um desenvolvedor imobiliário e transferências financeiras que interligam o magistrado a Alic e Maria.

As evidências sugerem que o desembargador pode ser enquadrado em corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo recebido vantagens por meio de Alice e sua esposa.

A Corregedoria Nacional de Justiça classificou as informações como gravíssimos elementos indiciários de favorabilidade em decisões judiciais e lavagem de dinheiro via terceiros.

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