PF avalia abertura de investigação contra deputado que ameaçou Lula: 'Quero mais é que ele morra'
Deputado federal emitiu declarações polêmicas desejando a morte do presidente Lula durante uma sessão da Câmara. A fala gerou indignação e foi denunciada ao ministro da Advocacia-Geral da União, que pediu investigação pela Polícia Federal.
A Polícia Federal está considerando abrir uma investigação contra o deputado Gilvan da Federal (PL/ES) por desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma sessão na Câmara, em 8 de outubro.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, acionou o órgão após o episódio, onde a Comissão de Segurança Pública debatía a proibição do uso de armas de fogo por equipes de proteção do presidente e ministros.
A proposta, elaborada pela oposição e considerada provocadora pelo governo, visa "promover uma cultura de paz" e reduzir a violência, segundo os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA).
Gilvan, relator do projeto, fez declarações polêmicas ao microfone: "Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos..." e "Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia..."
Em resposta à repercussão, Messias anunciou que enviaria um pedido de investigação à PGR e à PF, afirmando ser "inaceitável" que um parlamentar defenda a morte do presidente em um espaço público.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que a corregedoria analisará tecnicamente a representação como uma notícia de crime.