PF cita Gusttavo Lima em investigação que apura lavagem de dinheiro do PCC
Cantor sertanejo e outros nomes conhecidos são mencionados em investigação da PF sobre lavagem de dinheiro relacionada a tráfico de drogas. A Operação Mafiusi segue a trilha de movimentações financeiras que levantam suspeitas sobre sua legalidade.
Operação Mafiusi investiga rede de tráfico de drogas do PCC com máfia italiana e aponta suspeitas de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal rastreou movimentações financeiras, envolvendo os nomes de Gusttavo Lima, Valdemiro Santiago e Adilson Coutinho Filho.
Os citados não estão indiciados, mas deverão depor. Gusttavo Lima é cotado para ser vice na chapa do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. O cantor nega irregularidades e diz que a investigação se refere à compra legal de uma aeronave.
O empresário Willian Barile Agati, conhecido como “concierge do PCC”, está preso e é acusado de gerenciar transações financeiras da facção. A investigação foi impulsionada por delação de Marco José de Oliveira e está sob a 13.ª Vara Criminal Federal.
Segundo o delegado Eduardo Verza, as transações financeiras revelam uma organização criminosa sofisticada. As empresas investigadas, como a Starway, movimentaram R$ 454,3 milhões entre 2020 e 2023.
A PF ligou as movimentações às empresas de Maribel Golin, que declarou que seus negócios são legais, relacionados à venda de imóveis e aeronaves. No entanto, a PF aponta indícios de lavagem de dinheiro e falta de documentação para as transações.
A Balada Eventos, que administra a carreira de Gusttavo Lima, alegou que apenas adquiriu uma aeronave de forma legal. O advogado de Maribel Golin contestou as afirmações da PF, defendendo a lisura dos negócios. Outros citados não se manifestaram.