PF descobre plano de fraude de R$ 300 milhões no BNDES
Lobista e empresário são investigados por tentarem obter empréstimo com documentação falsa para a fintech I9Pay. A Polícia Federal segue apurando as ligações de fintechs com possíveis esquemas de lavagem de dinheiro.
Investigação de lavagem de dinheiro revela planos de lobista Christian Simões e do empresário Patrick Burnett para obter um empréstimo milionário com documentos falsificados.
A Polícia Federal (PF) obteve mensagens entre os dois nesta segunda-feira (23.jun.2025), que fazem parte da Operação Wolfie. A operação é um desdobramento da Operação Concierge, que prendeu 14 pessoas por esquema de lavagem de R$ 7,5 bilhões.
Simões e Burnett planejavam inflar o capital da fintech I9Pay para R$ 6 milhões e adulterar balanços financeiros para conseguir aprovação junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS).
Mensagens apreendidas mostram Simões falando sobre uma funcionária do BNDES, prometendo buscar trezentos milhões para Burnett. O empresário respondeu mencionando a entrada de R$ 160 mil na operação.
A PF investiga fintechs que operam sem supervisão do Banco Central (BC), especialmente aquelas ligadas a companhias de ônibus com conexões ao PCC.
Simões insinuou influência no BNDES, afirmando: “Eu confio no que você fala... e eu não quero queimar essa boquinha minha do BNDES”.
Hipóteses da PF:
- Simões mantinha contatos reais no BNDES.
- Simões vendia influência falsa, sem registros na instituição.
O BNDES afirmou que seus mecanismos de compliance funcionaram e que a instituição é considerada vítima no caso.