PF envia caso de fraudes no INSS ao STF após menções a Moro, Fausto Pinato e Onyx Lorenzoni
Polícia Federal investiga supostas fraudes no INSS envolvendo políticos de destaque, após menções em cadernos investigatórios. A apuração inclui possíveis conexões entre as alterações administrativas do Ministério da Justiça e as fraudes cometidas contra aposentados.
Polícia Federal investiga fraudes no INSS envolvendo senador Sergio Moro (Podemos-PR), deputado Fausto Pinato (PP-SP) e ex-ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência).
A investigação, parte da Operação Sem Desconto, revelou que Pinato e Lorenzoni foram citados em “cadernos investigatórios”. Pinato negou envolvimento, alegando mera coincidência devido à localização de seu escritório.
A PF apurou que Lorenzoni recebeu recursos de um intermediário da Amar Brasil em 2022, enquanto era candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Ele se defendeu, chamando a acusação de “fantasiosa” e afirmando que não tinha poder para autorizar acordos de cooperação técnica no INSS.
As suspeitas sobre Moro se referem a mudanças em atribuições administrativas que podem ter favorecido associações envolvidas nas fraudes. Ele negou qualquer relação com os fatos.
A investigação da PF também sinalizou conexão com um inquérito em que Moro é acusado de extorsão. O ministro Dias Toffoli conduzirá as investigações e requisitou o compartilhamento de inquéritos relacionados.
Em declaração, Moro reafirmou sua inocência e criticou insinuações sobre seu nome, destacando que seu escritório não está vinculado a atividades ilícitas.
A situação marca uma nova etapa na apuração das fraudes que atingiram aposentados no Brasil.