PF espera que Bolívia entregue ao Brasil sucessor de Marcola no PCC

Polícia Federal aguarda entrega de Marcos Roberto de Almeida (conhecido como “Tuta”) pela Bolívia em audiência marcada para domingo, 18 de maio de 2025. Tuta foi preso em Santa Cruz de la Sierra e é considerado um dos principais membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), atuando como substituto de Marcola, o líder da organização.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou que existem duas possibilidades para o retorno de Tuta: expulsão ou extradição.

“Está prevista para amanhã uma audiência com autoridades judiciárias da Bolívia. A expectativa é que tenhamos uma posição sobre esse processo”, afirmou Andrei.

Tuta foi condenado a 12 anos de prisão por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e está foragido desde 2021.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre o caso pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está ciente da situação.

Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília, e ainda não há definição sobre o local de detenção de Tuta, caso retorne ao Brasil.

Andrei Rodrigues destacou que a identidade do preso e a referência ao PCC não serão divulgadas em respeito à determinação da Polícia Federal.

O PCC, fundado em 1993 em Taubaté, é a maior organização criminosa do Brasil, com cerca de 40.000 integrantes e um faturamento anual de R$ 6 bilhões.

A organização, que se financia principalmente com tráfico de drogas, é responsável por diversos crimes, incluindo roubos de cargas e assaltos a bancos. Estima-se que cerca de 10.000 integrantes estejam em 90% das penitenciárias de São Paulo.

O PCC também possui ramificações em países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia, controlando rotas do tráfico de drogas.