PF intima o diretor e o ex-número 2 da Abin após denúncia de espionagem contra Paraguai
Intimações surgem em meio a investigações sobre espionagem ilegal durante o governo Bolsonaro. Diligências da PF apontam conluio de ex-integrantes da Abin em esquemas de monitoramento de autoridades.
Polícia Federal (PF) intimou o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-número 2, Alessandro Moretti, para depoimento no dia 17 de agosto.
Os depoimentos acontecerão na sede da PF em Brasília e fazem parte do inquérito da “Abin paralela”, que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A convocação dos dois segue denúncias de espionagem contra autoridades do Paraguai em 2022. Dois agentes da Abin alegaram que o Brasil realizou um ataque hacker para obter informações sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu, levando a PF a abrir apuração.
Moretti, ex-diretor-adjunto, foi demitido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, segundo a PF, dificultou investigações sobre a “Abin paralela”, agindo em conluio com servidores investigados.
Luiz Fernando Corrêa afirmou estar à disposição das autoridades para esclarecimentos sobre os fatos, relacionados a gestões anteriores da Abin.
Corrêa sucedeu Alexandre Ramagem, que é investigado no STF por sua ligação com a “Abin paralela” e por tentativa de golpe de Estado, junto com Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes rejeitou pedido da PF para compartilhar provas da Operação First Mile com a Corregedoria da Abin, destacando riscos de interferência da agência nas investigações.
Com informações do Estadão Conteúdo